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‘Eu não Rio’

Quando Rui Rio chegou à Câmara do Porto afirmou: nem mais um tostão para a Cultura enquanto existirem bairros degradados. E no mesmo ano cortou os apoios a todos os projectos culturais da cidade e a todas as associações e equipamentos dos bairros sociais. A mentira demagógica era óbvia mas foi colando. Dizia-se (diz-se ainda, como é possível?) que este é um homem sério a pôr as contas da cidade em ordem…

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‘Fumos de raiva’

Quem tenha visto as imagens da última greve geral na Grécia, ou as de Roma, junto ao Parlamento que acabara de salvar Berlusconi pela estreita margem de três duvidosos votos, ou ainda as de Londres, onde um príncipe e uma duquesa passaram pelo pânico, facilmente perceberá que qualquer coisa está a irritar as multidões de jovens que saem à rua. Qualquer coisa: desemprego nos 17 por cento, precariedade generalizada no trabalho e estudos cada vez mais caros.

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‘A verdade dói’

A prisão de Julian Assange, os processos judiciais, o bloqueio aos donativos e os ataques da Amazon e da EveryDNS.net ao site da WikiLeaks mostram os poderes imensos em que as revelações daquela organização tocaram. E como esses poderes conseguem chegar a governos, empresas, sistemas judiciais, polícias. Felizmente, prender, ameaçar e perseguir o mensageiro é mais fácil do que calar a verdade. Centenas de organizações estão a criar sites ‘espelho’ com a mesma informação e desenvolve-se na Net uma autêntica guerra pela liberdade de expressão, com ataques às empresas que aceitaram ser instrumentos de censura.

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‘Estudantes’

Como universitário e como deputado, repudio a injustiça e o erro estratégico que são as novas regras sobre a acção social escolar no ensino superior. Num país com baixos níveis de qualificação relativamente às médias europeias, não se compreende que se corte a eito num sector tão estratégico para o desenvolvimento.

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‘Europeísmo crítico’

Em Portugal, o romance europeu das elites, o dos amanhãs europeus que cantam sempre, acabou. Basta ter visto Freitas e Soares, dois convictos europeístas, ontem na TVI24. Defenderam a necessidade das periferias baterem o pé ao eixo franco-alemão de Merkel e Sarkozy e pugnarem por uma reconfiguração progressista da integração europeia.

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