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‘Esclarecedor para quem observar’

As campanhas presidenciais portuguesas são sempre estranhas. Não se votando para um executivo, ou seja, para decisões, programas, medidas, a coisa toma um de dois caminhos: ou se fala do entendimento dos poderes presidenciais em termos vagos; ou se fala da história pessoal dos candidatos. Ou seja: ou é metafísica ou é não-gosto-deste-gajo.

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‘Wikileaks 1 – NATO 0’

A “sabedoria convencional” — noção tão útil quanto saborosa concebida pelo economista John Kenneth Galbraith — necessita daquele adjetivo por esta razão: é principalmente convencional e não sabedoria. Se fosse sabedoria diríamos dela apenas que é sábia. Ao qualificá-la de convencional explicamos que ela parece sabedoria pelo seu aspecto formal, admitido e, em certa medida insincero ou até mesmo fajuto: pseudo-sabedoria.
Começava Galbraith notando que certas verdades não são aceites por serem verdades mas antes por serem aceitáveis, o que é uma coisa muito diferente, e que de caminho possibilita que outras ideias aceitáveis — até mentiras — passem por verdades também.
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‘A credibilidade de Cavaco’

Quando confrontado por Francisco Lopes com o ‘caso BPN’, Cavaco Silva ignorou o assunto. Defensor Moura voltou à carga e o Presidente optou pela vitimização. Por fim, em resposta a dúvidas de Manuel Alegre, decidiu atacar a atual administração do BPN. Ou seja, quando os seus amigos andavam a brincar com o fogo fez negócios com eles; quando o caso rebentou, manteve-se em silêncio; quando Dias Loureiro mentiu ao Parlamento veio em sua defesa; quando o BPN foi nacionalizado assinou por baixo; e só resolve abrir a boca para criticar quem, mal ou bem, recebeu o presente envenenado.

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